O veneno de rã que é usado como remédio na Amazônia

Veneno contido nesta rã está se tornando famoso internacionalmente
"Eu chorei sem parar durante dois anos. Quando apliquei o remédio, meu choro parou. Assim, categoricamente."

Uso está se expandindo pela América do Sul
Mas tratam-se de estudos feitos em laboratório, ressaltou Azevedo. "É preciso muita pesquisa para avaliar se (a substância) também é eficiente lá fora", disse.
"É sabido que a maioria das moléculas que apresentam resultados promissores in vitro falha quando é analisada ao vivo."

E Azevedo vai mais longe: "Na minha opinião, a aplicação do kambô não é uma prática segura".

"A Phyllomedusa bicolor jovem é parecida com a Phyllomedusa adulta, que tem secreções cutâneas tóxicas", explicou.

O especialista disse que xamãs menos experientes podem usar o veneno errado levando os usuários a sofrer efeitos secundários perigosos.

"Além disso, a má conservação pode favorecer o crescimento de micro-organismos resistentes no pedaço de bambu onde se coloca o veneno", acrescentou.

Outros especialistas, como Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, em São Paulo – afiliado ao Ministério da Saúde, são da mesma opinião.

Fuentes, por sua vez, diz que não há contraindicação

Proibido

A venda do veneno no Brasil, assim como qualquer publicidade sobre o assunto, foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Esta substância nunca foi submetida a análises químicas, algo essencial para eu se comprove sua eficácia e segurança", disse à BBC uma porta-voz da agência.
Há dez anos, os próprios índios amazônicos que usam a substância alertaram para os perigos do uso indevido e não autorizado, feito por xamãs inexperientes, do veneno.

"Estamos ouvindo falar muito que no sul do Brasil tem gente que usa (o veneno) sem nenhum respeito, tentando lucrar com a venda do leite da rã pela internet e aplicando-o sem nenhum preparo e sem a permissão dos povos indígenas, com risco, inclusive, de morte", disse Joaquim Luz, um líder yamanawá do Acre, em uma entrevista à Rádio Nacional da Amazônia em 2006.

Até o momento, houve dois relatos de mortes de usuários do veneno. No entanto, não há provas de que as mortes tenham ocorrido em decorrência do uso da substância.
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