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Assentos vazios durante competição da Rio 2016 no Estádio Olímpico; organização diz que concentração de provas populares na Barra esvaziou outras arenas |
É um problema para o qual não parece haver uma resposta exata e que intrigou até o Comitê Olímpico Internacional.
A Rio 2016 diz que algumas arenas estiveram cheias, como a do vôlei de praia, em Copacabana, o Maracanãzinho, que recebeu as partidas de vôlei de quadra, e o Centro Olímpico de Tênis.
E levanta alguamas razões que podem explicar os assentos vazios em outras sedes olímpicas. Eis algumas delas:
1. Tradição esportiva
Um cenário que não poderia ser mais diferente que o do hóquei sobre grama, disputadas em um centro olímpico na distante Vila Militar e que, apesar de contar com equipes brasileiras, é uma modalidade de nicho no país - o Brasil só se classificou por ser país-sede. E jogou para arquibancadas vazias.
"Estamos usando esses Jogos como uma oportunidade de criar uma cultura esportiva mais ampla entre o público brasileiro", diz o diretor de comunicação da Rio 2016, Mário Andrada.
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Arenas de esportes com mais tradição no Brasil, como vôlei e vôlei de praia, tiveram mais espectadores |
2. Preferência pela Barra
Por isso, seria natural o parque se mostrar como principal polo de atração entre o público olímpico - e, segundo, Andrada, isso poderia ajudar a explicar "clarões" em outros locais de competição.
"O Parque Olímpico oferece uma concentração de esportes que pode estar se mostrando mais atraente para os espectadores", avalia ele.
Além disso, o Parque Olímpico da Barra também se mostrou de acesso mais fácil para o público, graças à combinação do serviço de ônibus BRT e a linha 4 do metrô carioca.
O Centro Olímpico de Deodoro, por exemplo, que abriga competições como hipismo, tiro e canoagem de corredeiras, representou um percurso mais "indireto" para os torcedores, além de contar com competições menos populares.
3. Sessões múltiplas
"A partir do momento em que chegarmos às fases eliminatórias, onde há apenas um jogo, vamos perceber que o número de lugares vazios vai diminuir", explicou, no início da semana, Donovan Ferreti, diretor de ingressos da Rio 2016.
4. Vendido x assistido
5. Preços x falta de ídolos
A Rio 2016 diz ter criado tanto uma estrutura de preços como uma flexibilidade de pagamento para permitir uma diversidade de público. Os ingressos mais baratos saíram por R$ 40 e podiam ser parcelados em até quatro vezes sem juros.
Mas nem todos concordam que os preços estão baratos - sobretudo para assentos mais bem posicionados. Nas redes sociais, diversos usuários reclamam dos valores cobrados pela competição pelos ingressos, e uma reportagem da BBC Brasil mostrou que alguns espectadores têm preferido as festas nas casas dos países por serem opções mais baratas de entretenimento no Rio durante a Olimpíada.
E quanto às arquibancadas vazias no atletismo? "O esporte carece de ídolos no Brasil no momento", disse Andrada no fim de semana. Antes, obviamente, de Thiago Braz surpreender o mundo no salto com vara na última segunda-feira.
6. Filas
No Twitter, usuários reclamaram de levar, por exemplo, 40 minutos para entrar no Parque Aquático; outros postaram fotos de filas que permaneciam longas mesmo após o início de partidas de futebol em alguns estádios.
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Houve reclamações de filas, que dificultaram a entrada de alguns espectadores |
7. VIP indiferentes ou assustados
Segundo diversos relatos da mídia internacional, o medo do vírus Zika provocou queda na demanda de convidados internacionais, por exemplo.
8. 'Tempestade perfeita'
"Nós, obviamente, queremos ver estádios lotados. Poderíamos ter feito mais? Sim, mas o nível de vendas está muito bom", disse, na terça-feira, Mark Adams, porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI).
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