Comerciais racistas, novos jornais de papel e outras notícias midiáticas
Por José Eduardo Mendonça, DCM -
Você vai ver um anúncio para lá de racista
Tornou-se viral e está provocando reações indignadas em todo o mundo.
Em um comercial do sabão em pó chinês Qiaobi, uma jovem coloca roupa na máquina de lavar. Um negro aparece, pisca e sorri para ela e é jogado dentro da máquina, para sair no final chinês.
De acordo com o Shangaiist, o anúncio reflete atitudes disseminadas na China. “Como qualquer estrangeiro que já viveu aqui pode atestar, as atitudes com relação a raça e cor são muito diferentes das de outros lugares”.
O Shanghaiist nota também que a peça é um “plágio gritante” de uma campanha italiana de alguns anos atrás, com tons racistas semelhantes (nela, um homem branco sem atrativos sai da máquina como um atleta negro).
Aliás, e nossos anúncios de margarina, hein?
Como assim, um jornal de papel com o melhor da Internet?
Na última quinta-feira de maio, as portas das estações de metrô de Londres amanheceram com jovens uniformizados distribuindo mais um jornal da graça.
Qual é a ideia de Swipe? Oferecer o melhor da Internet em mídia impressa. Faz sentido? Os editores acreditam que sim. Pessoas ainda gostam de ler jornais, há um excesso de informações online e o que se pretende é filtrar o que o público alvo pode preferir.
A tiragem inicial é de 20 mil exemplares, 17 mil distribuídos na rua e o resto em cafés e outros pontos de encontro de millennials. Os dois ex-editores da Newsweek que dirigem o projeto acreditam que outras publicações gratuitas, como Time Out, Shortlist, Stylist, Crack e Coach não os atingem.
O publisher Tom Rendell insiste que a demanda existe. “A Internet tem 4.5 bilhões de páginas, É completamente dominada por sites no topo da lista de busca do Google. Não estamos escolhendo o mais popular, ou mais estranho – estamos olhando as coisas com nossa formação jornalística e pensando em como dar a estes leitores a melhor experiência”, afirma.
O jornal fez uma parceria com 80 publishers digitais, como Business Insider, Memo e Vocativ, e paga a eles U$ 0.15 por palavra. As seções são de vida, política, viagem e tecnologia. O projeto é levar o Swipe para outras cidades, como Paris, Milão e Nova York, informa o Digiday.
Facebook e Microsoft vão estender cabo sob o Atlântico
Um cabo submarino gigantesco, de 6.600 quilômetros, chamado Marea, vai percorrer da Virgínia, nos EUA, a Bilbao, na Espanha. A largura de banda vai ser de 160 terabits, ou 16 milhões de vezes a velocidade de conexão de Internet que você tem em casa.
Com isto, as companhias vão poder movimentar com mais eficiência montanhas de informação entre seus muitos data centers e hubs de rede.
Facebook e Microsoft estão começando a assumir um papel tradicionalmente das empresas de telecomunicação. Google já investiu em dois cabos submarinos que vão da costa oeste dos EUA até o Japão, outro que conecta EUA e Brasil e uma rede que liga diversas partes da Ásia.
A empresa contratada para a obra foi a Telxius, da Telefónica, que vai expandir hubs da Europa para África, Oriente Médio e Ásia. Os cabos deverão estar em funcionamento em outubro de 2017. As informações são da The Verge.
Amazon, um novo YouTube?
No começo deste mês, a Amazon revelou seus planos de competir no mercado de vídeo gerado por usuários, com o lançamento do Amazon Video Direct. Com ele, criadores podem fazer upload de seus vídeos para o Amazon Prime Video e gerar royalties baseados em horas de streaming.
Os criadores têm várias opções de monetizar seus produtos, alugando-os, vendendo-os ou oferecendo-os de graça e vender publicidade.
Muitos dos consumidores da empresa estão envolvidos com o Amazon Prime Video, que usam para ver seriados, filmes, e conteúdo original (como no caso do Netflix).
Além disso, disse a Amazon, os criadores terão controle de onde seus vídeos podem ter streaming. Por enquanto, onde o Amazon Video está disponível – EUA, Alemanha, Áustria, Reino Unido e Japão.
O streaming vai colocar a empresa em concorrência direta com o YouTube, do Google. Mas vai levar muito tempo. O YouTube já tem mais de um bilhão de usuários, lembra a Bloomberg.
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