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Nem apenas de estourar champanhe vivem as comemorações de Réveillon |
Da BBC -
E muita gente acredita que pode dar um "empurrão" na realização de metas se seguir tradições e superstições. No Brasil e na América Latina, existem inúmeros "rituais" de Ano Novo. Abaixo estão quatro dos mais populares e que tentamos explicar de onde vêm.
Uvas à meia-noite
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Comer 12 junto às badalas da meia-noite é um costume quase pan-americano |
Para se ter 12 meses de boa sorte e prosperidade, é necessário comer uma uva a cada uma das 12 badaladas.
Segundo o jornalista americano Jeff Koehler, autor do livro Espanha, há duas teorias sobre as origens dessa superstição.
"Pouco tempo depois, o costume foi adotado por pessoas que iam até a Porta do Sol (conhecido cartão postal de Madrid) para ouvir as badaladas da meia-noite. E comiam uvas, bem possivelmente para debochar da classe alta", escreveu Koehler, em um artigo para o site da rádio americana NPR.
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Costume espanhol teria se espelhado na burguesia francesa |
A segunda teoria situa as origens algum tempo depois, mais precisamente em 1909. Naquele ano, os produtores vinícolas da região de Alicante, no Sudeste espanhol, tiveram um amplo excedente na safra das uvas brancas típicas locais, conhecidas como Aledo.
Para vender o produto, usaram o baixo preço e criatividade: até hoje as frutas são conhecidas como as "uvas da boa sorte".
O costume sofreu algumas alterações na América Latina: além de consumir outras variedades de uvas por uma questão de estação, disponibilidade e preço, há quem coma passas.
A queima do boneco
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A queima de bonecos é uma versão mais radical da Malhação de Judas |
Diversos países latino-americanos têm na queima de bonecos um costume para datas importantes. Colômbia, Equador, Peru e Venezuela o fazem no fim do ano, e por isso o boneco invariavelmente é batizado de Ano Velho ou O Velho.
A ideia é juntar-se a parentes, amigos e vizinhos para criar bonecos que representem acontecimentos ou personagens negativos do ano que termina. E queimá-los como forma de, ao menos simbolicamente, deixá-los para trás.
As origens da tradição são variadas. Mas, no Equador, onde a queima do boneco se tornou um evento turístico, a prática teria começado na cidade de Guaiaquil, em 1895, em um contexto bem distinto.
"Dados históricos assinalam que, naquela época, a população de Guaiaquil se viu ameaçada por um surto de febre amarela. Como medida de proteção, as autoridades sanitárias recomendaram que fossem confeccionados espantalhos com palha e as roupas de familiares que haviam morrido", diz um texto no site do Ministério do Turismo equatoriano.
"Eles foram colocados nas ruas no último dia do ano e queimados à meia-noite", acrescenta o texto.
Saltar 7 ondas
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Saltar ondas tem raízes nas religiões africanas |
O sete é um número espiritual na umbanda e está vinculada à deusa das águas, Iemanjá. Segundo esta tradição de Ano Novo, essa é uma forma de ganhar forças para passar por cima das dificuldades.
Vestir branco
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