![]() |
Foto: Flávia Mantovani/G1 |
Barreira de Corais australiana é o maior arrecife do mundo. Diminuição de aragonite pode provocar desintegração ao longo do tempo.
France Presse -
A Grande Barreira de Corais australiana, o maior arrecife formado por seres vivos no mundo, é mais ameaçada do que se pensava, devido à acidificação dos oceanos causada pelo aquecimento global - disseram pesquisadores nesta terça-feira (24).
A diminuição da quantidade de aragonite - um mineral necessário para os corais na formação do seu esqueleto - tende a acelerar com o aumento da absorção pelos oceanos de dióxido de carbono (CO2), resultante da combustão de combustíveis fósseis em seres humanos, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Communications.O equilíbrio químico dos oceanos está perturbado, com um declínio do pH (parâmetro que define se um meio é ácido ou básico) e a concentração de aragonite, uma forma cristalina do carbonato de cálcio.
Sem aragonita, os corais não conseguem reconstruir seus esqueletos e se desintegram ao longo do tempo.
Uma equipe de cientistas da Austrália e Arábia Saudita estabeleceu um novo modelo para medir a taxa de aragonita em mais de 3.000 recifes da Grande Barreira.
Medir no local a taxa de aragonita em cada um dos recifes de 2.300 quilômetros da Grande Barreira é uma tarefa impossível na prática.
De acordo com estes cientistas, a diminuição de aragonita "deve ser provavelmente mais importante na Grande Barreira do que o previsto anteriormente" pelo IPCC, o Painel Intergovernamental sobre a Evolução do Clima.
A acidez dos oceanos aumentou 26% com relação à era pré-industrial e os recifes de corais talvez estejam condenados a acabar, segundo o IPCC.
A ONG ambientalista WWF afirma que quase um terço dos recifes coralinos do mundo já se perderam, e que os que restam poderiam desaparecer antes da metade do século atual.
Estes ecossistemas únicos representam menos de 0,1% da superfície dos oceanos, e abrigam cerca de um quarto das espécies marinhas, inclusive peixes essenciais para o ser humano.
0 comentários:
Postar um comentário