Os dois assassinos do Metrô serão presos. Quem os levou a isso, não
Por Fernando Brito, Tijolaço -
Vi – e não vou reproduzir, óbvio – as cenas brutais do assassinato do homem que foi morto por dois pitbulls bípedes na estação D. Pedro II Metrô paulista.
Nada poderia ser mais tragicamente irônico que esta monstruosidade ter ocorrido ontem, Dia de Natal.
O “crime” do homem teria sido tentar impedir que os dois brutamontes agredissem um cidadão, homossexual, morador das vizinhanças de sua banquinha de camelô.
Os dois facínoras, muito visíveis nas imagens da estação do Metrô, certamente serão presos.
Ms os que promovem a cultura da violência, da brutalidade, da agressão, da intolerância de todos os tipos, do escracho, a da “porrada” como solução de diferenças, não.
Diz a Folha que eles integrariam “um grupo de intolerância”.
Quantos grupos destes não há, pedindo por justiçamentos, ditaduras, armas “para se defender”?
Ou quantos não se metem em clubes de luta, de “marombagem”, uso de revólveres, com a mesma justificativa?
Não vou fazer política com uma barbaridade destas, mas é só olhar a vida brasileira e ser que está cheio de gente bem arrumadinha que defende “justiçamentos” deste tipo, na mídia e na vida pública.
Não se pode ter meias medidas contra estas irrupções do fascismo na vida brasileira.
É preciso que se chame e que se aja, dentro da lei, contra quem se acha no direito de ditar, a socos, pisadas e pontapés as suas regras de comportamento.
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