Da BBC -
Sólidas e serenas, vivas e vibrantes.
E as consequências vão desde mudar a qualidade e a temperatura do ar a influir no funcionamento do cérebro.
A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, destacou três efeitos positivos de viver perto das árvores.
1. Reduzem a matéria particulada no ar, um dos piores tipos de contaminação
A investigação avaliou o impacto das árvores em 245 cidades ao redor do mundo.
Um dos contaminantes mais graves no ar das cidades é o material particulado, que pode ser classificado em dois tipos.
Mas o tipo mais prejudicial de material particulado é chamado PM 2,5. Ele tem um diâmetro de 2,5 ou menos micrômetros e resulta da queima de combustíveis fósseis e madeira, entre outras fontes.
Essas partículas finas em suspensão podem penetrar profundamente nos pulmões e estima-se que causem 3,2 milhões de mortes por ano mundialmente, segundo o estudo. O material PM 2,5 está associado a um risco maior de acidentes vasculares cerebrais, problemas cardíacos e enfermidades respiratórias como a asma.
Trata-se de um problema verdadeiramente global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou neste ano que cerca de 90% da população mundial que vivia em centros urbanos em 2014 foi exposta a níveis de material particulado que excederam as recomendações da OMS.
O estudo publicado pela The Nature Conservancy destaca que em ruas com muito tráfego as árvores devem ser plantadas de maneira espaçada para impedir que as copas reduzam a circulação de ar.
2. Reduzem a temperatura em até 2 graus centígrados
"A mudança climática fará com que o impacto dessas ondas de calor nas cidades seja ainda mais severo", afirma o documento.
"Muitos estudos científicos demonstraram que a sombra das árvores, além da transpiração durante a fotossíntese, contribuem para reduzir a temperatura do ar e consequentemente o consumo de eletricidade para ar condicionado", afirma a investigação do The Nature Conservancy.
3. Aumentam o bem estar psicológico
Um estudo já conhecido liderado por Roger Ulrich na década de 1980 comparou pacientes de um hospital da Pensilvânia que haviam sido operados da vesícula. Aqueles que estavam em quartos com vista para árvores se recuperaram mais rapidamente que aqueles que estavam em quartos com janelas voltadas para edifícios.
Um grupo que caminhou em meio a árvores foi comparado com outro que andou em uma rua com muito tráfego. As pessoas que andaram na rua tiveram um aumento da atividade de "ruminar" criticamente sobre si mesmo ou sobre eventos do passado - um padrão negativo de pensamento vinculado à depressão.
Aqueles que caminharam entre as árvores tiveram menos tendência de "ruminar" pensamentos. O estudo também incluiu uma análise por ressonância magnética do cérebro dos participantes e constatou que os que caminharam na natureza mostraram uma atividade menor na região do cérebro associada à autocrítica e ao isolamento social comum de quem "rumina em excesso".
A importância das árvores nas cidades não pode ser subestimada.
Ainda mais levando em conta que atualmente 54% da população mundial é urbana e que essa porcentagem chegará a 66% em 2050, segundo as Nações Unidas.
"Em muitas cidades o departamento de saúde está de um lado e as árvores do outro", disse Rob Mc Donald, um dos autores do estudo publicado pelo The Nature Conservancy.
"Uma das metas do nosso estudo é recordar às cidades que esses dois departamentos devem colaborar".
"Se isso acontecer, minha esperança é que veremos um renascimento das plantações de árvores em centros urbanos".
Você sabia que a poluição do ar mata mais pessoas do que a desnutrição ou obesidade?
Como combater a contaminação do ar?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada nove mortes no mundo ocorre pela exposição à poluição atmosférica.
Levando em conta que há poucas cidades no mundo onde a contaminação não é um problema, a BBC Brasil quer saber como as pessoas dos cinco continentes estão enfrentando essa situação.
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