Para Francisco: “Economia, escute o grito dos pobres!”


Por Fernando Brito, Tijolaço -

Ecônomo é o religioso que toma conta da administração de uma igreja ou congregação.

Mas é, também, quem administra uma casa, uma instituição e – por que não?- um país.

Por isso, valem ser lidas as palavras do Papa Francisco, publicadas hoje pela Rádio Vaticano, numa mensagem aos ecônomos eclesiáticos, de grande valor também para os que têm, laicos, esta mesma função.

Como consagrados, somos chamados a ser profecia a partir de nossa vida animada pela ‘charis’, pela lógica do dom, da gratuidade; somos chamados a criar fraternidade, comunhão e solidariedade com os mais pobres e carentes. Se quisermos ser realmente humanos, devemos dar espaço ao princípio de gratuidade como expressão de fraternidade”.

“A hipocrisia dos consagrados que vivem como ricos fere a consciência dos fiéis e prejudica a Igreja”.

“Não basta esconder-me atrás da afirmação de que ‘não possuo nada porque sou religioso, religiosa, se meu instituto me permite administrar ou desfrutar de todos os bens que desejo e controlar as fundações civis criadas para manter as próprias obras, evitando assim o controle da Igreja”, segundo o Pontífice.

“Quantos consagrados pensam que as leis da economia são independentes de qualquer consideração ética?”, 

“Quantas vezes a avaliação sobre uma reestruturação ou a venda de um imóvel é vista apenas com base na análise de custos-benefícios e do valor do mercado? Que Deus nos livre do espírito do funcionalismo e de cair na armadilha da avareza!”.

“Cada um é chamado a fazer a sua parte, a usar seus bens para tomar decisões solidárias, a ter cuidado com a Criação, a medir-se com a pobreza das famílias que vivem ao nosso lado”.

“Trata-se de adquirir um costume, um estilo marcado pela justiça e compartilhar, esforçando-se em optar pela honestidade sabendo que, simplesmente, é o que temos a fazer”.

Os Levy, os Meirelles, os defensores das PECs mortais deveriam, mil vezes, ler o que Francisco escreve.
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