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Está em estudo a oferta de cursos de idiomas de curta duração no exterior para os melhores alunos do Ensino Médio da rede pública |
Da BBC -
Também está em estudo oferecer aos melhores alunos do Ensino Médio da rede pública a oportunidade de fazer cursos de línguas de curta duração, nas férias, no exterior.
A nova versão deve ser lançada já no próximo ano. Contudo, ainda não tem número de beneficiários definido, porque depende do orçamento a ser aprovado para o Ministério da Educação.
Antes restrito às áreas de exatas e biomédicas, o "novo" Ciência sem Fronteiras promete atender a alunos de todos os cursos e áreas de conhecimento, como humanas e artes. A primeira versão não oferecia bolsas de mestrado, que agora também poderão ser pleiteadas.
"Não haverá limitação por país, universidades e/ou cursos, mas será exigida excelência da instituição de destino. O programa contemplará todas as áreas do conhecimento", informou a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão do Ministério da Educação responsável por desenhar o novo formato do programa.
A Capes não especificou quais serão os critérios para definir uma instituição de ensino de excelência.
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Novo formato do programa vai exigir "excelência da instituição de ensino"; este ano, Oxford foi 1º lugar no ranking mundial das universidades |
O custo para os estudantes de graduação, estimado em R$ 3,2 bilhões para atender 35 mil bolsistas em 2015, foi considerado elevado.
O ministro da Edução, Mendonça Filho, disse em entrevista à Folha de S. Paulo, que "o intercâmbio de graduação é absolutamente inconsistente do ponto de vista técnico". Defendeu ainda dividir o programa em dois campos, dizendo que o financiamento de cursos de pós-graduação "é bem-vindo e necessário".
Já foi tomada a decisão de dar ênfase à concessão de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. A segunda frente do Ciência Sem Fronteiras, contudo - focada em cursos de língua de curta duração para alunos do Ensino Médio -, ainda está em discussão.
Versão 1.0
Engenharia, biologia, ciências da saúde e a indústria criativa foram as áreas com mais beneficiados. Em números absolutos, Estados Unidos, Canadá, França, Austrália e Alemanha, nesta ordem, estão na lista dos principais destinos dos estudantes brasileiros.
Mas o programa, uma das principais bandeiras da gestão de Dilma Rousseff, também foi alvo de críticas. Algumas delas verbalizadas pelo atual ministro da Educação.
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Programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, e destinou quase 80% das bolsas a alunos da graduação |
O ministro também compara o custo do programa com alunos de graduação, dizendo que o valor equivale ao que o MEC gasta em merenda escolar para 39 milhões de alunos.
Em nota enviada à BBC Brasil, o Itamaraty acrescentou ainda está fazendo uma avaliação com a Capes e o CNPq sobre os quatro primeiros anos do programa para identificar possíveis melhorias.
Entre elas, estariam a atualização dos guias destinados à adaptação dos estudantes, o aperfeiçoamento dos mecanismos de contato com as instituições de ensino estrangeiras e as agências de "placement" (para oportunidades de estágio).
O Itamaraty afirmou que "continuará a assistir os estudantes brasileiros no exterior (todos e não somente os do CsF) nos consulados e embaixadas".
"Os postos promovem reuniões de orientação para os recém-chegados, apoio em caso de enfermidade (inclusive ajuda psicológica em vários postos), contatos com as universidades que recebem os brasileiros. São também preparados guias para facilitar a adaptação dos estudantes à vida no país de acolhimento", informou o órgão.
Curso a jato
De acordo com o MEC, a Capes planeja a retomada do programa Ciência sem Fronteiras com foco no ensino de idiomas, no país e no exterior, em especial para atender alunos carentes do Ensino Médio da rede pública.Uma das ideias é ter como base o programa "My English On-line", já disponível na Capes, com mais de um milhão de senhas abertas.
"Também sobre os cursos de línguas, poderá ser oferecida aos melhores alunos a oportunidade de fazer cursos de línguas de curta duração, nas férias, em país estrangeiro", informou a Capes.
O número de beneficiados do "novo" Ciências sem Fronteira, contudo, vai depender da verba destinada para a educação no próximo ano.
"A concessão de novas bolsas depende da aprovação de previsão orçamentária. Consequentemente, ainda não temos uma estimativa do número de futuros beneficiados", esclareceu a Capes.
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