Índice bateu mais um recorde histórico sob o comando de Michel Temer na presidência e de Henrique Meirelles na Fazenda; a taxa de desemprego ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, com 12 milhões de desempregados no país no período, segundo dados divulgados nesta sexta-feira 30 pelo IBGE; esta é a maior taxa da série histórica, que começou no primeiro trimestre de 2012; o índice aumentou em relação ao registrado no trimestre anterior, de março a maio, quando ficou em 11,2%, e também em comparação ao trimestre encerrado em agosto de 2015, que atingiu 8,7%
Brasil 247 -
O desemprego no Brasil bateu mais um recorde histórico sob o comando de Michel Temer e seu chefe da economia, o ministro Henrique Meirelles.
O índice ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, com 12 milhões de desempregados no país no período, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira.
Esta é a maior taxa da série histórica, que começou no primeiro trimestre de 2012. O índice aumentou em relação ao registrado no trimestre anterior, de março a maio, quando ficou em 11,2%, e também em comparação ao trimestre encerrado em agosto de 2015, que atingiu 8,7%.
Confira o texto divulgado pelo IBGE:
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 11,8% no trimestre encerrado em agosto de 2016
Indicador / Período | Jun - Jul - Ago de 2016 | Mar - Abr - Mai de 2016 | Jun - Jul - Ago de 2015 |
---|---|---|---|
Taxa de desocupação
|
11,8%
|
11,2%
|
8,7%
|
Rendimento real habitual
|
R$ 2.011
|
R$$ 2.015
|
R$ 2.047
|
Valor do rendimento em relação a:
|
-0,2% (estável)
|
-1,7% (estável)
|
A taxa de desocupação foi estimada em 11,8% no trimestre móvel encerrado em agosto de 2016. Isso representa um crescimento de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao período entre março e maio deste ano (11,2%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, junho a agosto de 2015, quando a taxa foi estimada em 8,7%, o quadro também foi de elevação (3,0 p.p.).
A população desocupada (12,0
milhões) cresceu 5,1% em relação ao trimestre de março a maio de 2016
(11,4 milhões), um aumento de 583 mil pessoas. No confronto com igual
trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 36,6%, significando um
acréscimo de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.
Já a população ocupada (90,1
milhões) caiu 0,8% frente ao trimestre de março a maio de 2016, um
decréscimo de 712 mil pessoas. Em comparação com igual trimestre do ano
passado, quando o total de ocupados era de 92,1 milhões de pessoas, foi
registrado declínio de 2,2%, significando redução de aproximadamente 2,0
milhões de pessoas no contingente de ocupados.
O número de empregados com carteira assinada (34,2
milhões) não apresentou variação estatisticamente significativa em
comparação com trimestre de março a maio de 2016. Frente ao trimestre de
junho a agosto de 2015, houve queda de 3,8%, o que representou a perda
de cerca de 1,4 milhão de pessoas com carteira assinada.
O rendimento médio real habitualmente recebido em
todos os trabalhos (R$ 2.011) registrou estabilidade frente ao
trimestre de março a maio de 2016 (R$ 2.015) e também em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.047).
A massa de rendimento real habitualmente recebida em
todos os trabalhos (R$ 177,0 bilhões de reais) não apresentou variação
significativa em relação ao trimestre de março a maio de 2016, mas
recuou 3,0% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para
trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses
consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em agosto
de 2016 foi calculada a partir das informações coletadas em junho/2016,
julho/2016 e agosto/2016. Nas informações utilizadas para o cálculo dos
indicadores para os trimestres móveis encerrados em julho e agosto, por
exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%.
Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres
móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão
disponíveis aqui.
Quadro 1 - Taxa de desocupação - Brasil - 2012/2016
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | |
---|---|---|---|---|---|---|
1°
|
nov-dez-jan |
...
|
7,2
|
6,4
|
6,8
|
9,5
|
2°
|
dez-jan-fev |
...
|
7,7
|
6,8
|
7,4
|
10,2
|
3°
|
jan-fev-mar |
7,9
|
8,0
|
7,2
|
7,9
|
10,9
|
4°
|
fev-mar-abr |
7,8
|
7,8
|
7,1
|
8,0
|
11,2
|
5°
|
mar-abr-mai |
7,6
|
7,6
|
7,0
|
8,1
|
11,2
|
6°
|
abr-mai-jun |
7,5
|
7,4
|
6,8
|
8,3
|
11,3
|
7°
|
mai-jun-jul |
7,4
|
7,3
|
6,9
|
8,6
|
11,6
|
8°
|
jun-jul-ago |
7,3
|
7,1
|
6,9
|
8,7
|
11,8
|
9°
|
jul-ago-set |
7,1
|
6,9
|
6,8
|
8,9
|
|
10°
|
ago-set-out |
6,9
|
6,7
|
6,6
|
8,9
|
|
11°
|
set-out-nov |
6,8
|
6,5
|
6,5
|
9,0
|
|
12°
|
out-nov-dez |
6,9
|
6,2
|
6,5
|
9,0
|
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
No trimestre de junho a agosto de 2016, havia
aproximadamente de 12,0 milhões de pessoas desocupadas no Brasil, um
aumento de 5,1% (583 mil pessoas) frente ao trimestre de março a maio de
2016, quando a desocupação foi estimada em 11,4 milhões de pessoas. No
confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu
36,6%, significando um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas desocupadas
na força de trabalho.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimentos, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
O contingente de ocupados foi
estimado em aproximadamente 90,1 milhões no trimestre de junho a agosto
de 2016. Essa estimativa ficou menor quando comparada com o trimestre de
março a maio de 2016 (um decréscimo de 712 mil pessoas). Em comparação
com igual trimestre do ano passado, quando o total de ocupados era de
92,1 milhões de pessoas, houve declínio de 2,2%, uma redução de
aproximadamente 2,0 milhões de pessoas.
O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada,
estimado em 34,2 milhões de pessoas, não apresentou variação
estatisticamente significativa em comparação com trimestre de março a
maio de 2016. Contudo, frente ao trimestre de junho a agosto de 2015
registrou queda de 3,8%, o que representou a perda de cerca de 1,4
milhão de pessoas com carteira assinada.
A categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,2
milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre de março a
maio de 2016 e, frente ao mesmo período do ano anterior, também se
manteve estável.
O contingente de trabalhadores domésticos (6,1
milhões de pessoas) diminuiu 2,5% em relação ao trimestre de março a
maio de 2016 (um decréscimo de 158 mil pessoas). Frente ao mesmo período
do ano anterior, junho a agosto de 2015, manteve-se estável.
Os empregados no setor público,
estimados em 11,4 milhões de pessoas, cresceram 1,6%, mais 178 mil
pessoas em relação ao trimestre de março a maio de 2016. Frente ao mesmo
período do ano anterior, não registrou variação estatisticamente
significativa.
O contingente de empregadores (3,9
milhões de pessoas) aumentou 4,8%, mais 179 mil pessoas em relação ao
trimestre de março a maio de 2016. Em relação ao mesmo período do ano
anterior, o contingente de empregadores manteve-se estatisticamente
estável.
A categoria dos trabalhadores por conta própria,
estimada em 22,2 milhões de pessoas, caiu 3,2% em relação ao trimestre
de março a maio de 2016 (menos 739 mil pessoas). Na comparação com o
trimestre de junho a agosto de 2015 constatou-se estabilidade.
Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade,
em relação ao trimestre de março a maio de 2016, ocorreu retração de
1,9% na indústria geral (-229 mil pessoas), de 3,3% na construção (-249
mil pessoas), e de 2,8% nos Serviços Domésticos (-177 mil pessoas).
Verificou-se aumento de 1,9% no grupamento de administração pública,
defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais
(acréscimo de 294 mil pessoas). Nos demais, não se observou variação
estatisticamente significativa.
Na comparação com o trimestre de junho a agosto de
2015, houve redução de 2,8% na agricultura, pecuária, produção florestal
e pesca (-272 mil pessoas), de 11,0% na indústria geral (-1,4 milhão de
pessoas) e de 9,4% na informação, comunicação e atividades financeiras,
imobiliárias, profissionais e administrativas (-996 mil pessoas).
Verificou-se aumento de 4,4% em transporte, armazenagem e correio (188
mil pessoas), de 5,3% em alojamento e alimentação (232 mil pessoas) e de
3,5% em administração pública, defesa, seguridade social, educação,
saúde humana e serviços sociais (538 mil pessoas). Os demais grupamentos
não se alteraram.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.011.
Quadro 3 - Rendimento real habitual recebido em todos os trabalhos
pelas pessoas ocupadas - Brasil - 2012/2016
pelas pessoas ocupadas - Brasil - 2012/2016
Trimestre móvel
|
2012
|
2013
|
2014
|
2015
|
2016
| |
---|---|---|---|---|---|---|
1°
|
nov-dez-jan
|
-
|
1.986
|
2.042
|
2.086
|
2.022
|
2°
|
dez-jan-fev
|
-
|
1.997
|
2.064
|
2.086
|
2.004
|
3°
|
jan-fev-mar
|
1.966
|
2.009
|
2.086
|
2.086
|
2.019
|
4°
|
fev-mar-abr
|
1.980
|
2.015
|
2.084
|
2.076
|
2.007
|
5°
|
mar-abr-mai
|
1.968
|
2.025
|
2.078
|
2.070
|
2.015
|
6°
|
abr-mai-jun
|
1.969
|
2.042
|
2.047
|
2.076
|
1.989
|
7°
|
mai-jun-jul
|
1.985
|
2.055
|
2.018
|
2.058
|
1.996
|
8°
|
jun-jul-ago
|
1.989
|
2.063
|
2.028
|
2.047
|
2.011
|
9°
|
jul-ago-set
|
1.987
|
2.062
|
2.051
|
2.050
|
|
10°
|
ago-set-out
|
1.983
|
2.068
|
2.065
|
2.042
|
|
11°
|
set-out-nov
|
1.980
|
2.061
|
2.058
|
2.025
|
|
12°
|
out-nov-dez
|
1.979
|
2.048
|
2.069
|
2.014
|
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Em relação ao trimestre de março a maio de 2016,
houve queda do rendimento médio para os empregadores (-5,0%). Nas demais
posições na ocupação não houve variação estatisticamente significativa.
Na comparação com o trimestre de junho a agosto de 2015, os ocupados
como empregador (-10,0%) tiveram queda no rendimento médio real
habitual. Os empregados no setor privado sem carteira assinada e os
empregados no setor público apresentaram acréscimos em seus rendimentos
(5,0% e 3,6%, respectivamente). As demais categorias apresentaram-se
estáveis nos seus rendimentos médios.
Na comparação com o trimestre de março a maio de
2016, os rendimentos médios de todos os grupamentos de atividade
permaneceram estáveis. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, o
único grupamento que apresentou queda em seu rendimento médio foram os
outros serviços (-5,7%). Os demais não registraram variação
significativa.
A massa de rendimento médio real
habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi
estimada em R$ 177,0 bilhões de reais, não apresentando variação
significativa em relação ao trimestre de março a maio de 2016, e recuo
de 3,0% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
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