Por Fernando Brito, Tijolaço -
O promotor Deltan Dallagnol, narra a jornalista Maria Cristina Fernandes, no Valor, diz que a origem da corrupção no Brasil está nos primeiros colonos portugueses que, segundo ele, eram a escória:
“Quem veio de Portugal para o Brasil
foram degredados, criminosos. Quem foi para os Estados Unidos foram
pessoas religiosas, cristãs, que buscavam realizar seus sonhos, era um
outro perfil de colono”.
O Dr. Dallagnol é pior, é um ignorante.
Talvez não tenha ,como a maioria dos brasileiros, ancestrais portugueses, não sabe coisa alguma de nossa história.
Não sabe, por exemplo, que foi um possível degredado, João Ramalho, que se casou com a índia Bartira, depois Isabel Dias, pelas mãos do jesuíta Manoel da Nóbrega, a quem ajudou a fundar o colégio e a vila que se tornariam a cidade de São Paulo.
Mas os degradados no Brasil foram bem poucos, doutor.
Muitos eles foram sabe onde? Na Austrália, que o senhor deve achar um país civilizadíssimo.
Para lá foram mandados, doutor, “só” 168 mil prisioneiros das cadeias da Inglaterra.
É, é isso mesmo, 168 MIL!
Se o senhor precisar para entender, a gente pode fazer um powerpoint contando a história da “First Fleet” (Primeira Frota). Tem até uns selos comemorativos que vão ficar lindos na apresentação, pode crer. Mostram os 11 navios que levavam nos porões, acorrentados, transportavam setecentos e trinta e seis degredados e cento e oitenta e oito mulheres de “reputação duvidosa”da Inglaterra para a Austrália.
Aliás, a First Fleet passou aqui pelo Rio de Janeiro, mas não deixou ninguém, levou todo mundo lá para a terra dos cangurus.
Portanto, doutor, neste assunto de História não funciona este seu esquema de “não tenho provas, mas tenho convicção”.
Se o seu Direito for igual à sua História e Sociologia, Deus nos livre, o o sujeito é ladrão porque o o tatatatatatatatatataravô era um dregredado.
Porque os degredados que não foram o ponto de partida da colonização do Brasil o foram na Austrália, e quase três séculos depois dos nossos poucos “ancestrais criminosos”. Está até “mais fresquinho” este passado.
Mas a Austrália é um país que todos, inclusive o senhor, apontam como “sério”.
Ou será que é porque falam inglês?
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