Por Pedro Fonseca, Reuters-
Um grupo contrário à
realização dos Jogos Rio 2016 participa de um protesto pelas ruas do
entorno do estádio do Maracanã nesta sexta-feira, sob forte vigilância
da polícia, em uma manifestação realizada horas antes da cerimônia de
abertura.
Houve confusão dentro de uma padaria, que foi danificada pela entrada
de manifestantes e da polícia. Um homem foi detido no tumulto.
O esquema reforçado de segurança, devido à presença de dezenas de
chefes de Estados e atletas do mundo inteiro, foi montado nas vias de
acesso ao estádio, com a presença de homens das Forças Armadas portando
fuzis.
Nos arredores do Maracanã, a uma distância de 15 minutos caminhando,
manifestantes protestavam com cartazes e gritos de ordem contra os
Jogos.
Um grupo de manifestantes carregava uma grande faixa preta que
denunciava o que chamavam de "Jogos da exclusão", acusando as
autoridades de investir na preparação Olímpica em detrimento de gastos
em áreas como saúde e educação.
A Polícia Militar montou um cordão de isolamento com a cavalaria e os
manifestantes não puderam avançar. Manifestantes pararam de avançar,
por uns instantes, e havia representantes negociando com um oficial da
polícia.
A professora Joana Souza, de 44 anos e moradora do bairro da Tijuca,
levou seu próprio cartaz com a frase "Olimpíada bilionária e saúde
precária".
"O povo tem que denunciar esse absurdo. Quarenta bilhões de reais na
Olimpíada e não tem remédio no hospital nem professor nas escolas."
Ao mesmo tempo, havia na rua gente em defesa dos Jogos. "Sou a favor
da Olimpíada, a união dos povos do mundo, vem um bando de pessoas e faz
o oposto, guerra, pedra. O povo não está civilizado suficiente para ter
um evento esportivo desse", disse a servidora pública Lúcia Santos, de
55 anos, moradora da Tijuca, bairro da zona norte do Rio onde está
localizado o estádio.
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