Por Tatiane Correia e Pedro Garbellini, GGN -
Na segunda reportagem da série sobre gordofobia, o Jornal GGN debate a saúde da pessoa gorda, e o fato de ela não estar ligada ao emagrecimento ou ao chamado IMC - Índice de Massa Corporal, que muitas vezes acaba sendo utilizado como ponto de referência na questão de saúde.
"Vejo, dentro da própria nutrição, ainda é um grupo muito pequeno de nutricionistas, que são vistos ainda com olhos tortos pela grande maioria, que chegam com a ideia de que você ter saúde em qualquer peso. São coisas muito recentes, mas que estão acontecendo", explica Rachel Patricio, redatora do blog Falando Sobre Gordofobia e estudante de nutrição. "E essa ainda é uma grande questão: toda a questão da saúde da pessoa gorda, dentro da nutrição, você ainda só consegue um bom atendimento com ambulatório de transtornos alimentares", diz, ressaltando que existem diversos fatores que podem deliminar os problemas de saúde de uma pessoa, e não apenas o fato de ela estar acima do peso. "A própria obesidade, ela pode ser fruto de uma diabetes, e não a diabetes ser fruto da obesidade, ela pode ser o efeito e não a causa"
Partindo do ponto de obesidade e saúde, as entrevistadas concordam em um ponto: o IMC não é um marcador de saúde. "Até saiu uma pesquisa dizendo que o IMC não é marcador de saúde (...) Até nessa pesquisa, eles colocaram N pessoas com o mesmo IMC. São corpos completamente diferentes. Ainda vão considerar, esse tipo de mudança na medicina é bem difícil de acontecer, mas o que temos vistos com pesquisas recentes é que o IMC não fala sobre a saúde de uma pessoa, mas fala sobre o seu índice de massa corpórea, e só".
A entrevista também contou com a participação das ativistas Jessica Ipólito (autora do blog Gorda e Sapatão) e Virgínia Cruz (advogada e sócia da confecção plus size Madeleines).
O texto citado por Rachel pode ser consultado aqui
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