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Estudante mostra marcas de agressão |
A conduta de políciais militares que entraram em uma escola estadual de São Paulo está sendo investigada pela Polícia Civil. Os PMs reprimiram um protesto pacífico de alunos contra o fechamento da sala de informática. Com idades entre 12 a 16 anos, os estudantes relataram agressões e uso de spray de pimenta.
Vídeos divulgados em redes sociais
mostram os adolescentes segurando cartazes antes da diretora da escola
abrir os portões para a PM. Um estudante foi arrastado por um dos
policiais. A Secretaria Estadual de Educação afirmou que a diretora foi
retirada do cargo no mesmo dia da ocorência.
Do Estadão
Vídeo mostra policial arrastando aluno para fora de colégio na zona oeste; Secretaria Estadual informou que afastou diretora
A Polícia Civil investiga a conduta de
policiais militares que entraram na Escola Estadual Marilena Chaparro,
no Parque Anhanguera, zona oeste de São Paulo, na última sexta-feira,
para reprimir o protesto de alunos contra o fechamento de salasambiente
e de informática. Adolescentes entre 12 e 16 anos relataram agressões e
uso de spray de pimenta.
A PM foi chamada por uma policial que
estava dentro da unidade dando uma aula sobre prevenção às drogas. A
diretora procurou a agente durante o protesto. Segundo o Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), foi ela
quem acionou os colegas de farda.
Vídeos divulgados em redes sociais
mostram estudantes levantando cartazes antes de a diretora da unidade
abrir um dos portões para os PMs. Um estudante é arrastado por um dos
policiais para a rua.
Segundo a Secretaria Estadual da
Educação, a diretora “foi retirada do cargo no mesmo dia do ocorrido”. A
pasta informou ter instaurado uma “apuração” para investigar o que
houve e também que os estudantes agredidos “estão recebendo apoio” do
governo.
Para Marcio Massela, conselheiro
estadual da Apeoesp, os vídeos e relatos de professores “mostram o
despreparo” da direção da escola. “Era um protesto pacífico e ficou
claro que a diretora não teve capacidade de intermediar a ação dos
alunos.”
O 46.º DP (Perus) instaurou um inquérito
policial. O delegado Ricardo Guanaes Domingues, titular do distrito,
disse que, além da conduta dos PMs, a dos estudantes e a dos educadores
da escola também estão sendo investigadas. Ele afirmou que um
adolescente foi levado para a delegacia por portar um canivete e
desacatar os PMs. O garoto foi liberado em seguida.
A PM informou que o Comando de
Policiamento da área está apurando as circunstâncias do fato. “As
imagens estão sendo analisadas e, se constatada irregularidade na
conduta policial, tomará as medidas cabíveis.”
‘Armadilha’. Um estudante de 14 anos que
participava do protesto disse que os PMs fizeram “uma armadilha” para
os alunos. “As viaturas ficaram paradas longe do portão para a gente não
ver. Quando arrastaram um menino, a diretora liberou o pessoal para ir
embora. Foi então que a polícia começou a correr atrás da gente.”
A tia de um estudante de 16 anos contou
que o sobrinho levou golpes de cassetete. “Além de agredirem ele,
quebraram o celular que ele usava para filmar o abuso da PM.” Na
quinta-feira, estudantes e sindicato farão protesto na frente da
unidade.
Vídeo:
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