Da BBC
Embora ainda estejam entre as áreas com o pior ar em todo o mundo, Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão apresentaram melhora entre 2005 e 2014, de acordo com as imagens da agência espacial americana.
No continente europeu, a queda da poluição chegou a até 50%, como resultado da maior restrição sobre os poluentes, mesmo em meio ao escândalo de fraudes no controle de emissões de veículos que abateu a Volkswagen, gigante do setor automotivo.
No Brasil, os mapas mostram que o quadro geral se manteve similar, ainda longe dos altíssimos lançamentos de gases ocorridos nas regiões mais desenvolvidas do mundo – porém, centros tradicionalmente mais poluídos, como a Grande São Paulo, continuam com altos e preocupantes índices, semelhantes às de outras metrópoles globais.
O gás se transforma no “mau” ozônio ao reagir com compostos orgânicos voláteis, quando exposto à irradiação solar. O resultado dessa mutação é o poluente respiratório mais presente no ar que respiramos – por isso, o dióxido de nitrogênio é usado, em geral, como indicador da qualidade do ar em geral, principalmente nas cidades grandes de países desenvolvidos ou em desenvolvimento.
“Ao monitorar do espaço as emissões de dióxido de nitrogênio, conseguimos ver os efeitos de fatores como a energia, políticas ambientais e até conflitos civis na qualidade do ar ao redor do globo”, afirmou, em comunicado divulgado pela Nasa, o cientista Bryan Duncan, que lidera o estudo no centro de voo espacial Goddard.
Onde a poluição cresceu
As imagens da Nasa, porém, mostram um movimento interessante no norte chinês, onde estão as cidades mais industrializadas e a produção de energia se torna cada vez mais intensa. Enquanto a área, em geral, apresentou um aumento considerável da emissão do gás, Pequim, a capital do país, registrou uma considerável redução.
Segundo Duncan, isso é resultado de uma maior pressão da crescente classe média de Pequim por um ar melhor – a metrópole é historicamente considerada uma das cidades mais poluídas do mundo, e imagens constantemente a mostram coberta sob uma nuvem de poeira e com parte de seus habitantes usando máscaras nas ruas.
Nos Estados Unidos, embora as emissões tenham sido reduzidas em geral, elas avançaram até 30% em algumas áreas de Estados como o Texas e a Carolina do Norte, onde há intensa produção de petróleo e gás natural.
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