É resistente. Não rasga. Você pode derrubar cerveja nela, colocar na máquina de lavar, e ela vai sobreviver para pagar mais uma rodada.
Mas tem algo que a cédula não é: livre de gordura.
Impressa em polímero, a nota de plástico contém uma pequena quantidade de gordura de origem animal - e muitos vegetarianos não estão felizes com isso.
'Essência de bacon'
"Exigimos que vocês deixem de utilizar produtos de origem animal na fabricação das notas que temos que usar", diz a petição
Irritados, veganos e vegetarianos afirmam no Twitter que a nova cédula "não é legal", além de "nojenta". E questionam se seus direitos foram levados em conta.
Há também, por outro lado, quem se manifeste com ironia, sugerindo que uma "essência de bacon" na cédula é oportuna e especulando sobre a quantidade de calorias contida agora num fiver - como é chamada a nota de cinco libras pelos britânicos -, e se oferecendo para ficar com as notas que os veganos não queiram.
Alguns líderes hindus britânicos disseram, por sua vez, que vão discutir uma possível proibição das novas notas nos templos. As vacas são consideradas animais sagrados pelos hindus - muitos não usam sapatos ou bolsas de couro, por exemplo.
Já os judeus, cuja religião também prevê várias restrições em relação ao uso de produtos de origem animal, estão menos preocupados com as novas cédulas.
"As notas de cinco libras não causariam nenhum problema aos judeus a menos que tentassem comê-las", diz Simon Round, porta-voz do Conselho de Representantes de Judeus Britânicos.
"Os judeus não estão autorizados a consumir gordura animal, mas estão autorizados a manusear", esclarece.
O Banco da Inglaterra confirma, por sua vez, a utilização de gordura animal para fabricar as cédulas.
"Nós confirmamos que a pasta de polímero, a partir da qual o substrato base da nota é feito, contém traços de uma substância conhecida como sebo (gordura animal)," disse em nota.
Mas, por enquanto, a instituição financeira não tem planos de elaborar uma nova receita.
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