O roto, o esfarrapado e o “não é necessário, Gilmar”


Por Fernando Brito, Tijolaço

Da entrevista telefônica feita na noite de ontem por Eliane Cantanhêde com o ministro Gilmar Mendes, tiram-se algumas coisas.

A primeira, já sabida, é que Gilmar Mendes continua sem ter o menor constrangimento em usar as palavras mais grosseiras contra seus colegas, neste caso o Ministro Marco Aurélio: “Ele extravasou o princípio da legalidade. E, quando a gente extravasa a legalidade, a gente leva bofetada”.

Bofetada. Não críticas, não questionamentos, não objeções. Bofetadas.

A segunda, é que é o roto falando do esfarrapado, pois não há, mais que Gilmar, ministro que pratique mais intensamente o que ele acusa Marco Aurélio de fazer: “Marco Aurélio fez isso para bater palma para o público. Se isso não é caso de crime de responsabilidade, é o quê?”

Alguém poderia dizer o mesmo, por exemplo, de sua decisão de impedir a posse de um cidadão em pleno gozo dos seus direitos políticos, Lula, no cargo de Ministro da Casa Civil de Dilma, fundado em “prova” (as gravações de seu diálogo com a Presidenta) manifestamente ilegal, porque Mendes não é nenhuma criança para não saber que investigar Presidente é reserva de jurisdição exclusiva do Supremo e o Supremo Moro não é o Supremo.

E a terceira de que alguém – quem seria – já sabe o voto dos ministros hoje à tarde e não é essencial a sua presença, com a informação dada por Cantanhêde de que Gilmar “chegou a comprar passagem de volta para Brasília em Lisboa, onde fez escala, mas não havia certeza se o julgamento do mérito da liminar seria nesta quarta, em plenário, e ele decidiu prosseguir para a Suécia.

Os jornais brasileiros precisam de “tecla SAP” para serem lidos.
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