O delírio sádico das pessoas por verem mulheres sendo humilhadas
O agressor – descobriram no facebook – é fã de Sergio Moro e vota Bolsonaro (contra a corrupção). O típico machão moralista que agride a esposa e se justifica dizendo:
“Eu tô com vergonha do que ela tá fazendo, eu quero levar ela embora!”(a culpa, é claro, é sempre da vítima).
Para a turma do #SomosTodosMoro, #SomosTodosEduardoCunha e #Bolsonaro2018, a violência se justifica pela moralidade.
Pena de morte porque “bandido bom é bandido morto, a não ser que o bandido seja branco e rico”, redução da maioridade penal em nome da segurança do “cidadão de bem que paga seus impostos”, e porrada nas mulheres que não se adequarem a essa moralidade fascista ou que simplesmente não se deixarem explorar.
A violência, parece, é intrínseca a essa gente, é sua língua, sua lei e sua religião.
Bolsonaro, Sérgio Moro, Aécio, Frota e toda essa confraria da hipocrisia – inclusive seus seguidores – endossam a violência com seus discursos, com seu golpismo, com a Presidenta de pernas abertas em seus tanques de gasolina, com seus modos – não foi Frota que xingou Letícia Sabatella de safada em um vídeo? – e depois pensam poderem se indignar com um homem chutando uma mulher em via pública, como se esse homem não fosse um verme podre nascido das entranhas do conservadorismo patriarcal, à sua imagem e semelhança.
O agressor de Três Corações não é um caso isolado: é parte de uma violência sistemática perpetrada por homens privilegiados e protegidos pela santíssima manta da hipocrisia. A matemática é muito simples: indignação sem empatia só pode dar em violência.
0 comentários:
Postar um comentário