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Lucía Pérez tinha apenas 16 anos e terminava o ensino médio |
Ela está encarregada do caso de Lucía Pérez, adolescente de 16 anos que foi drogada, estuprada e morta por empalamento no balneário de Mar del Plata (Argentina) no sábado (15). Suspeita-se que ela tenha sido vítima de uma gangue de traficantes.
O crime hediondo chocou a Argentina, especialmente por ter ocorrido uma semana após uma grande manifestação de mulheres contra a violência na cidade de Rosário.
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O aumento de feminicídios gerou protestos na Argentina nos últimos dias |
"Overdose"
A promotora suspeita que Lucía mantivesse algum tipo de relacionamento com um dos supostos agressores. Dois suspeitos - Matías Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidani, de 41 anos - foram presos no domingo na casa em que o crime teria ocorrido.
"A menina foi à casa voluntariamente e lá foi atacada", disse Sánchez.
A Justiça argentina pediu ainda a prisão preventiva de um terceiro suspeito. De acordo com a polícia, o mesmo carro usado para deixar a menina no hospital foi visto próximo à escola.
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Agressões a mulheres cresceram 78% entre 2008 e 2015 na Argentina |
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Mar del Plata é a cidade argentina com mais casos de exploração sexual na Argentina |
Preocupação com insegurança
O Registro Argentino de Feminicídios, órgão do governo criado em 2015 após uma grande marcha contra a violência contra a mulher, estima que duas de cada dez mulheres assassinadas na Argentina tenham feito queixas prévias sobre violência.
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Organizações feministas convocaram uma paralisação de mulheres para esta quarta-feira |
"Mas não podemos encarar casualmente o fato de que Lucía foi violada e morta em Mar del Plata, onde já se mataram mulheres impunemente para proteger as redes de tráfico de mulheres", disse, em comunicado no Facebook, a ONG Ni Una Menos (Nem uma a menos, em português), que denuncia casos de violência contra a mulher na Argentina.
Com 600 mil habitantes, Mar del Plata é o município argentino com o maior número de condenações por exploração sexual.
A publicação, com quase duas mil curtidas em apenas 24 horas, também convoca organizações de gênero para uma paralisação de mulheres nesta quarta-feira.
"Vi mil coisas na minha carreira, mas nada igual a isso. Sei que não é muito profissional dizer isso, mas sou mãe e mulher", afirma a promotora.
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