Temer tem de cumprir acordo com Cunha: Rosso na presidência da Câmara


Por Fernando Brito, Tijolaço

Como tudo o que diz, ficou evidente a falsidade das declarações  de Michel Temer de que não interferiria na eleição da Câmara dos Deputados.

Está agindo a todo vapor para garantir a eleição do complicado Rogério Rosso e que seu adversário no segundo turno da disputa seja Rodrigo Maia, o que o não o obrigará a manter a inexistente “equidistância” na escolha.

E que uma parcela de sua base, que Maia representa – ou para a qual parece como alternativa ao apoio ao “Centrão” – que já ficou chupando dedo na escolha do líder governista, que passou às mãos de André Moura, cunhista de quatro costados.

Esta está sendo uma noite de muitas pressões e promessas.

De um lado, para que Maia – que não é bem quisto dentro da Câmara – vá ao segundo turno, desmontando a candidatura do PSB ( Júlio Delgado, que bateu internamente Heráclito Fortes).

De outro, eliminar a possibilidade de que alguns integrantes “rebeldes” do “Centrão” criem surpresas para Rosso.

O “pequeno problema” destas pressões é que elas geram, quase sempre, dois “custos”: a entrega de posições de governo e, o que vale neste momento: nem todos os apoiadores migram para onde se deseja.

Há, entretanto, uma ameaça maior: Eduardo Cunha retaliar a perda de apoio que Temer ofereceu para adiar o desfecho de sua cassação, razão pela qual se interessava tanto antecipar a eleição para a presidência da Câmara.

Daqui a pouco, às 9:30 h, recomeça reunião da Comissão de Constituição e Justiça. O melhor dos mundos que o Governo pode aspirar é que seja alongada o suficiente para não terminar antes das 16 horas, quando começa a escolha do presidente da Câmara.

Caso contrário, Cunha pode começar a cobrar sua conta do acordo.
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