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Jihad Diyab em 20 de maio de 2015, durante a 20ª Marcha do Silêncio em Montevidéu |
Por José Antonio Lima, CartaCapital -
O recente desaparecimento do sírio Jihad Ahmed Mustafa Diyab, um dos seis ex-prisioneiros de Guantánamo recebidos pelo Uruguai em 2014, traz à tona a complexa história dos detentos e ex-detentos da prisão norte-americana baseada em Cuba. Estigmatizados pelos crimes imputados a eles, estão no limbo da "guerra ao terror" liderada pelos Estados Unidos desde o 11 de Setembro e terão para sempre vidas marcadas por suspeitas e incertezas.
Jihad Diyab, também conhecido como Abu Wa’el Dhiab, desapareceu na metade de junho de Montevidéu, onde estava desde dezembro de 2014. Em 1º de julho, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que a companhia aérea colombiana Avianca emitiu a seus funcionários no Brasil um alerta solicitando que "caso seja detectada a presença" de Diyab no Brasil, a Polícia Federal seja comunicada imediatamente.
A procura é liderada pelo Departamento Antiterrorismo da PF e o ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou que a busca está sendo realizada. Veículos de imprensa como os jornais Estadão e O Globo, a revista Veja e a tevê Bandeirantes afirmam que Diyab é um "terrorista", mas essa afirmação contraria o que diz o governo dos Estados Unidos.
Diyab é parte do grupo de seis ex-detentos de Guantánamo que a administração Barack Obama enviou para o Uruguai após acordo com a gestão de José Mujica. O acerto fazia parte da iniciativa, por parte da Casa Branca, de fechar a prisão em Cuba, uma promessa de campanha de Obama.
O compromisso entre os dois países foi adiado diversas vezes por conta da disputa política a respeito do tema nos EUA e das eleições presidenciais no Uruguai, mas acabou fechado no fim de 2014.
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