Temer, mas que perigo: mexeu com Cunha, mexeu contigo….


Por Fernando Brito, Tijolaço -

Daqui a pouco os jornais começarão a noticiar uma romaria de deputados ao Palácio do Jaburu.

Outra à casa do presidente da Câmara.

E uma batalha à tarde quando o plenário do STF examinará a decisão de Teori Zavascki de “cassação provisória” do mandato de Eduardo Cunha.

Haverá um constrangimento geral.

Não era o combinado, não agora.

Até o afastamento da presidência, vá…

Como se disse ontem, não se precisa da cadeira quando se controla os cordéis.
Será esse o argumento dos defensores do “acordão”.

Que o STF pode até afastar o presidente de um poder, pela condição de réu – e aí será citado por bocas imundas o exemplo de Dilma Rousseff – assim que o Senado fize-la ré do processo de impeachment.

Cunha sustentará que afastar um deputado ou senador do mandato  pertence ao Legislativo, e não ao Judiciário.

Vão sustentar que a perda temporária do mandato se confunde, na prática, com a perda definitiva e que isso é prerrogativa da Câmara.

Já há noticia de bafafá nas coxias do tea…digo, do Supremo.

Diz Monica Bergamo que Teori Zavascki ficou irritado com a decisão de Lewandowski de colocar hoje em julgamento uma ação cosmética que impediria Cunha de sentar na cadeira presidencial e resolveu “soltar” a decisão que, óbvio, já estava pronta há tempos.

E que isso faria sobrar para ele a fama de “protetor do Cunha”.
Descemos ao ridículo dos ridículos.

Nossa Corte Suprema, depois da omissão cúmplice diante da derrubada de um governo eleito, disputando para ver quem – e se – se livra da fama de cúmplice de Eduardo Cunha.

Lá no Jaburu, apreensão.

Não era esse o acordo com Cunha.

Não o que o levasse à cassação do mandato e à vara de Sérgio Moro, ao final do processo. Era manter seu mandato e seu comando na Câmara.

Então o guri malvado toma a bola, dá a Temer e este vai deixar ele ser expulso de campo?

O nosso Fred Krugger atirado às feras será  hora do pesadelo para o usurpador, de quem sabe tim-tim por tim-tim o que ele fez no verão passado para obter a presidência.

Não percam o espetáculo de golpes de data vênia, pontapés de jurisprudência e cotoveladas de obiter dictum.

É que a consciência de culpa que boa parte dos ministros carregam, por terem sido cúmplices, os fará muito ferozes na hora de defender sua honra com palavras, já que se tornou impossível faz~e-lo com o que permite que seja serena: os atos, aqueles ne não praticaram e deixaram tudo ir a este ponto.

Hoje vai ser o 17 de abril do STF.
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