Kfouri convoca esquerda a campanha por diretas já
Jornalista diz em vídeo que o Brasil foi vítima de um golpe mais grave do que o golpe militar de 1964, um golpe sutil e silencioso perpetrado por meio da mídia e dos canais da Justiça; conclamou, ainda, à resistência contra um governo ilegítimo, referindo-se à presidência provisória de Michel Temer; Juca Kfouri conclamou ainda a esquerda a repensar seus caminhos e à refundação: “Não é possível dar um próximo passo sem fazer uma autocrítica”
Brasil 247 -
O jornalista Juca Kfouri enviou uma mensagem para o ato Grito Pela Democracia, realizado pelos movimentos sociais no sábado (21) em São Paulo em que conclama a esquerda a renovar uma campanha pelas diretas já. Em vídeo originalmente veiculado no Facebook do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), Juca afirma que são duas as tarefas imprescindíveis daqui pra frente: “Repensar os caminhos da esquerda e, ao mesmo tempo, continuar lutando para que esse governo ilegítimo não permaneça.”
Juca foi particularmente duro na qualificação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) como golpe. “É claro para mim que fomos vítimas de um golpe. Um golpe em certo aspecto até pior do que o golpe de 64. Porque o golpe de 64 foi tão descarado que precisou das forças armadas, porque senão não prevaleceria. Esse golpe de agora é muito mais sutil e, nessa perspectiva, pela sua sutileza, pela maneira silenciosa como foi penetrando, por meio da mídia, por meio dos canais da Justiça, tudo isso me parece até pior, por que mais sofisticado. Aparentemente indolor, mas a gente sabe o quanto está doendo.”
Disse ainda, que a esquerda precisa fazer uma reflexão e uma autocrítica: “Eu acho que é uma hora de a gente fazer duas coisas, que são ligadas uma a outra.
Uma é repensar o que fizemos. É repensar os caminhos da esquerda. Eu diria que a esquerda precisa ser refundada no Brasil. Não é possível dar um próximo passo sem fazer uma autocrítica.”
E continuar lutando contra o governo interino de Michel Temer, que considera ilegítimo: “Ao mesmo tempo, é imprescindível continuar lutando para que esse governo ilegítimo não permaneça. Me parece que a solução é a gente renovar uma campanha; uma campanha pela legitimidade, uma campanha pelo Estado de Direito; e, eventualmente, uma campanha por diretas, por diretas já.”
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