A degola da democracia é a degola dos valores da civilização


Por Fernando Brito, Tijolaço

Nas ditaduras, a autoridade se impõe pela força; na democracia, pela legitimidade.

O que estamos assistindo, no Brasil, é o resultado de uma situação mista em que o país recaiu.

Temos um governo sem legitimidade e sem força, que tem uma única finalidade para a classe dominante brasileira: aniquilar o que restou de garantias sociais e de soberania econômica ao Brasil.

Nada, rigorosamente nada mais lhes interessa e, apesar disso, se vêem constrangidos com a mediocridade desta camada podre de que precisam, no ministério e no parlamento, para fazer isso, mas sabem que precisam de gente assim, completamente desprovida de dignidade, de aspirações que não sejam dinheiro e pequenos poderes, de projetos para o Brasil e para seu povo.

Michel Temer e esta camada lodosa foram sustentáculos de governos, agora são o governo, ou parte dele, porque a economia é governada diretamente pela camada plutocrata e colonial.

E para serem governo, são insuficientes.

Vivem tão assombrados por sua própria vilania que, a cada crise, se atrapalham e metem as mão sujas pelos pés imundos.

Dão pequenos golpes de suposta esperteza, que vão desde o silêncio omisso e até a loquacidade mentirosa, como ficou evidente neste caso dos presídios, onde foram desde o “acidente pavoroso” até a mentira deslavada de dizer que o governo de Roraima não havia pedido ajuda, quando o fizera, formalmente, e a teve negada.

Preocupa, também, à elite dominante o monstro fascista que cevaram e levaram à luz para derrubar o governo eleito. A declaração de um boçal como o ex-secretário da Juventude (!!!) de que deveria haver uma chacina por semana – e o amplo apoio que isso recebe – fere (embora cada vez menos) a sua sensibilidade, da mesma forma que o “trumpismo” provoca engulhos em Nova York.

É o que pensam, mas sabem que não devem dizer em público.
Mas têm de conviver com isso.

Colocaram em marcha um retrocesso civilizatório que para ser neoliberal na economia e destruir  os valores sociais, tende a ser neonazista no comportamento e destruir os valores da humanidade.

Não há progresso social sem a dignificação do ser humano.

Caminham juntos, seja para a frente, seja para trás.
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