O luxo paulistano é um lixo: a “adega ostentação” de Doria Jr.


Por Fernando Brito, Tijolaço

Quando eu era guri, corria a história de que, para economizar e produzir um efeito engana-trouxas, encomendavam-se “lombadas a metro”, placas que simulavam livros bem encadernados com que se cobriam as prateleiras mais altas das estantes. Afinal, ninguém ia subir lá, mesmo, e o dono da trapizonga passava por “culto”.

Achava que era mentira, mas depois, já jovem, metido com produtoras de vídeo e cenógrafos, descobri que havia mesmo os “fabricantes de cultura” , caprichando nas falsas capas de couro e nas letras douradas que ornavam a “biblioteca”.

Hoje, na Folha, descubro que em lugar dos “livros de fachada”, a elite paulistana criou os vinhos de status, colocando as adegas no lugar daquelas estantes.

O vendedor de vinhos  Elídio Lopes diz que está tentando reaver as garrafas de vinhos caríssimos que emprestava  para João Dória Jr. impressionar os tolos com sua “adega”.

Lopes diz que deixava o “estoque” para Dória exibir aos seus convidados, mesmo sem gostar de vinho.

Como a gente diz aqui no Rio, para “tirar onda”.

Lopes fechou a loja e foi buscar as garrafas de volta, diz ele, mas Dória não devolveu e agora cobra uma conta de US$ 84 mil (R$ 265 mil) em garrafas que davam ares de sommelier ao candidato a prefeito de São Paulo.

Confesso que se um amigo me contasse, não acreditaria.

A elite paulista faz como pode. Não tem o “funk ostentação”? Agora se descobre a “adega chique ostentação”.
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