Do site IHU Unisinos, com tradução de André Langer a reportagem do jornal Página 12:
Em um gesto de indubitável
repercussão política, o Papa Francisco ordenou aos responsáveis da
Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes para que não aceitem a doação
de 16 milhões e 666 mil pesos que lhe foram outorgados há 10 dias pelo
governo de Mauricio Macri com a finalidade de contribuir para a
“manutenção da equipe profissional, da infraestrutura e do equipamento
da sede central” da organização impulsionada por Bergoglio.
De maneira extra-oficial, sabia-se
que a decisão tornada pública pelo Governo como um gesto de aproximação
comFrancisco caiu muito mal no Vaticano e deixou o Papa chateado. O
sítio italiano Vatican Insider refletiu isso em uma nota que deu conta
da perplexidade que a doação causou em Bergoglio e que mesmo no Vaticano
pareceu uma brincadeira de mau gosto o fato de que a doação fosse de 16
milhões e 666 mil pesos, quando se sabe que “666” é “o número da
besta”.
Agora, em uma carta com data de 09 de
junho e dirigida a Marcos Peña, na sua condição de Chefe de Gabinete,
os responsáveis pela Scholas Occurrentes, José María del Corral
(presidente) e Enrique Palmeyro (secretário), comunicaram ao governo de
Mauricio Macri que “considerando que há quem queira desvirtuar este
gesto institucional feito no marco da Lei 16.698, com a finalidade de
provocar confusão e divisão entre os argentinos, e de acordo com os
comentários compartilhados por telefone, achamos por bem suspender a
contribuição econômica não reembolsável destinada a cobrir os gastos com
pessoal, infraestrutura e equipamento da sede central em nosso país”.
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